Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Artigo

Consternação

Poucas palavras para o sentimento de consternação que nos assola quando a tragédia se abate sobre centenas de jovens e de um só golpe forte infelicita suas famílias, os amigos, todo o Brasil.

Para nós, os vivos, resta o sentimento de tristeza – mas não de impotência. Sentimo-nos representados em nossa desolação pela presteza da reação emocionada da presidente Dilma e pela corrente de solidariedade que eletrizou o povo, exigindo daqui para a frente medidas cautelares e preventivas para que não se repita o desastre cujas as causas devem ser apuradas com rigor para que a justiça se exerça.

A Federação Nacional dos Engenheiros colocou, desde já, todo saber acumulado de seus profissionais para auxiliar na tarefa de “passar a limpo” as grandes instalações que agrupam multidões. As inúmeras manifestações de solidariedade das entidades sindicais apontam nesta mesma direção.

Mas, nem tudo, ainda com mais tristeza, aponta na direção certa.
O assassinato do dirigente do MST, Cícero Guedes dos Santos, no norte fluminense é um crime que como muitos outros iguais corre o risco de ficar impune. Como estão impunes até hoje os mandantes da chacina de Unaí, assassinato de quatro servidores do Ministério do Trabalho – três auditores e um motorista – emboscados e baleados em 28 de janeiro de 2004. Em ambos os casos as protelações e os acobertamentos “sujam a tristeza”.

João Guilherme, consultor sindical