Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

BRICS SINDICAL 2015

Brics Sindical cobra mais empregos e fim das práticas antissindicais

Força Sindical/CNTM

Assinatura da Declaração do Brics Sindical


Miguel Torres com a Ministra do Trabalho da Rússia, Lenara Ivanova, e participantes do Fórum Brics Sindical

As centrais dos cinco países do 4º Fórum Brics Sindical debateram e definiram uma Declaração de Ufá destinada ao presidente da Rússia Wladimir Putin.

O documento, assinado por dirigentes sindicais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, defende políticas macroeconômicas e financeiras responsáveis, reformas estruturais que criem empregos decentes e o fim das práticas antissindicais.

“É um documento importante, uma contribuição sindical para a construção de mundo melhor e mais justo, pelo Trabalho Decente para todos, com condições dignas no ambiente de trabalho, saúde do trabalhador, igualdade e mais direitos garantidos”, diz Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).

Miguel Torres participa deste 4º Brics Sindical juntamente com outros dirigentes da Força Sindical, CUT,  UGT, CTB e Nova Central. O evento ocorre paralelamente à cúpula do Brics Econômico, também realizado em Ufa, Rússia. 

As centrais reivindicam reconhecimento do Brics Sindical pelas cúpulas governamentais. “Temos propostas sérias para o desenvolvimento e reivindicamos participar oficialmente do próximo Brics, que deve acontecer na China”, informa Miguel Torres.

Pelo fim das práticas antissindicais

 Sobre o aumento das práticas antissindicais, as centrais sindicais lembram que direitos fundamentais da representação sindical e negociação coletiva estão sob ameaça em alguns países e sujeitos a ataques em outros.

Eles afirmam ainda que, em vários países, os empregadores tentam destruir o direito à greve, um direito fundamental dos trabalhadores reconhecido pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Os participantes do Brics Sindical também demonstram preocupação com os problemas econômicos e sociais dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Neste sentido, a Declaração de Ufa faz as seguintes considerações:

“…Não podemos aceitar que as medidas de austeridade, que falharam na Europa e nos Estados Unidos, sejam um caminho para sair da crise.

As receitas devem ser utilizadas para aumentar o investimento em bens do setor produtivo, os projetos de infra-estrutura, saúde, educação, ciência e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento, formação profissional e atualização de competências: os investimentos devem ser usados para criar empregos decentes e salários mais altos.

De longa data, o aprofundamento das desigualdades crônicas não é de nenhuma maneira o resultado de leis naturais da economia. Elas são um resultado das políticas aplicadas, e podem ser superadas se essas políticas são alteradas em favor dos interesses da esmagadora maioria dos cidadãos…”.

 

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