Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Brasil Metalúrgico

Brasil Metalúrgico volta a se reunir por direitos e desenvolvimento nacional

Folio 19032018
Brasil Metalúrgico boletim
Encontro de dirigentes do movimento realizado em agosto de 2017

O movimento Brasil Metalúrgico volta a se reunir amanhã (20), em São Paulo, para definir novas ações em prol da categoria e o desenvolvimento do País. Um destaque da pauta será a retomada da economia, com geração de empregos de qualidade.

“A ideia é preparar uma grande ação em defesa da indústria nacional, com foco na geração de emprego e trabalho decente. Queremos avançar na direção de um contrato coletivo nacional, renovação da frota de veículos e ampliação dos direitos da categoria e da classe trabalhadora em geral”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da Confederação da categoria (CNTM/Força Sindical).

O Brasil Metalúrgico é formado por Sindicatos, Federações e Confederações, com apoio de várias Centrais. A ideia surgiu no ano passado,buscando uma agenda unificada de resistência às medidas do governo Temer na área social e trabalhista.

Manifestações e atos foram realizados desde então, visando assegurar conquistas das Convenções Coletivas – ante o desmonte da CLT representado pela reforma trabalhista.

Agenda – Os dirigentes debatem agora novas ações de resistência à Lei 13.467/2017, além de articular a criação do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, que unifique as reivindicações em todo o País. Outro tema é a taxação do aço e alumínio pelo governo dos EUA, que ameaça milhares de empregos na cadeia produtiva.

“O objetivo é que essa pauta seja ampliada para além dos metalúrgicos, englobando a indústria como um todo. Essa discussão do aço, por exemplo, atinge todo o setor industrial”, diz Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT).

Ele completa: “São necessárias medidas que passem por um diálogo. Muitos sentirão os efeitos dessas restrições, que podem prejudicar a classe trabalhadora em vários países”.

Emprego – A sobretaxa pelos Estados Uidos – cobrará 25% a mais para o aço importado e 10% a mais para o alumínio – trará perdas acima de US$ 3 bilhões ao Brasil, o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos. Uma queda das exportações tende a impactar no emprego e no crescimento do País, justamente o que o Brasil Metalúrgico quer evitar.

Marcelo Toledo, secretário de Formação da Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil), destaca que a reação deve ser firme. “O governo brasileiro precisa tomar uma atitude e dar uma resposta, porque todos perdem com essa guerra comercial. Mas não sabemos o que esperar do Temer”, argumenta.

O metalúrgico diz que o encontro aprovará uma agenda de atividades, que inclui novos protestos e atos na embaixada norte-americana no Brasil.